a cor da chita
ExPeRimentOS PoétiCOS, micronarrativas E convERsA FiAda
domingo, 20 de março de 2011
FESTIVAL NACIONAL DE VIOLÃO DO PIAUÍ
domingo, 13 de março de 2011
A PARTIR DA IMAGEM

Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976) .
Nascido no Rio de Janeiro em 1897, fez sua estreia como desenhista no salão das Humoristas em 1916. Após se mudar para São Paulo em 1917, conviveu com Mário e Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Brecheret. Frequentou também o ateliê do pintor impressionista alemão George Elpons.
Foi dele a ideia da Semana de Arte Moderna, que aconteceu no Teatro Municipal de 1922. Era uma época de muitas novidades, como o carro, a fotografia e o cinema mudo. Então a vida das pessoas estava mudando muito rápido, mas a poesia e a pintura continuavam a seguir as antigas regras, em sua maioria francesas.
Di Cavalcanti foi também um intelectual bem informado sobre as vanguardas artísticas de seu tempo. Em 1921, foi convidado a ilustrar o livro "Balada do Cárcere de Reading", de Oscar Wilde, um dos mais renomados escritores da época. Neste mesmo ano se casa com Maria, sua prima em segundo grau.
A semana de 22 foi uma espécie de festival em que modernistas brasileiros mostraram seus trabalhos. Além de expor suas telas, Di Cavalcanti desenhou o programa e os convites da mostra. Em seguida, em 1923, viajou para a Europa para estudar e lá conheceu e conviveu com grandes mestres da pintura, como Picasso, Braque, Matisse e Léger. Di Cavalcanti também teve influências de Paul Gauguin, de Delacroix e dos muralistas mexicanos. O contato que teve com o cubismo de Picasso, o expressionismo e outras correntes artísticas de vanguarda, contribuiu para aumentar sua disposição em quebrar paradigmas e inovar em sua arte, sem perder de vista uma estética que abordava a sensualidade tropical.
Na volta ao Brasil, retratou temas nacionais e populares, como favelas, operários, soldados, marinheiros e festas populares. Também ficou conhecido por seus belos retratos de negras, fase em que consagrou a modelo e atriz Marina Montini.
Em 1926, já no Brasil, ingressa no Partido Comunista e continua a fazer ilustrações. Após nova viagem a Paris, faz os painéis de decoração do Teatro João Caetano do Rio de Janeiro. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, Di Cavalcanti é preso pela primeira vez. Após ser libertado, se casa com Noêmia Mourão, sua segunda esposa. Em 1950 projetou o mosaico da fachada do Teatro Cultura Artística, a maior obra do artista, com 48 metros de largura por 8 metros de altura.
O pintor recebeu prêmios importantes, como a "Medalha de Ouro" na exposição de Paris (1937) e o título de "Melhor Pintor Brasileiro" na II Bienal de São Paulo (1953), junto com Volpi.
Di Cavalcanti era um artista de muitas habilidades. Além de quadros e ilustrações para revistas, fez desenhos para jóias, tapetes e painéis. Morreu na sua cidade natal em 1976.
sábado, 12 de março de 2011
CLARÃO
Meus versos ficam no escuro
Escrevo em linhas tortas
Por isso
Clamo que voltes a rir
Para que em claras páginas
Possa me despir e caminhar
Por linhas retas rumo a ti.
Stefano Ferreira. Oeiras-PI. 12 de março. Sábado chuvoso e frio.
quinta-feira, 10 de março de 2011
POEMINHA SEM RIMA E SEM GRAÇA DE QUARTA-FEIRA DE CINZAS
NA JANELA DE MINHA CASA
NÃO DESEJO SINFONIAS
APENAS
VIDA TRANQUILA
UM CANTO NOVO QUE ME LEMBRE SILÊNCIO
E ME TIRE DO CORPO A FANTASIA QUE NÃO USEI.
Stefano Ferreira. Quarta-feira de cinzas de 2011, buscando um norte rumo a vida real. Obloco passou...
quarta-feira, 9 de março de 2011
EM BUSCA DO NOVO
O A Cor da Chita continua sendo nosso...
domingo, 2 de janeiro de 2011
O BERÇO DA RUA DO FOGO
O berço é singelo e produzido com areia, macambiras e pedras dos morros que circundam a cidade e tem peças em madeira, resina e gesso.
A iluminação convida quem passa pela rua localizada no centro histórico.
Os berços de natal eram uma tradição muito forte na Velha Urbe que foi se perdendo com o tempo e que precisa ser estimulada.
Ao visitar o presépio, lembrei de minha infância, quando ficava horas olhando o berços de Dona Rosa Mesquita e de Dona Alina Ferraz. Estes dois habitam o lúdico de minha memória.
Ao lembrar, chego a sentir o cheiro do "André-miúdo", planta nativa retirada nos morros de nossa terra. E não me esqueço de um galo, colocado nas pedras mais altas, que mudava de cor dependendo da temperatura.
Ao voltar da visita ao presépio, passo pela Praça das Vitórias e as crianças brincam pulando em balão inflável ou pilotanfo carros e motos de brinquedo. Algumas delas, passeiam de patins com capecetes nas cabeças e outras ainda, lutam com armas japonesas. Entrei no beco ao lado da linda praça iluminada, refletindo sobre nossa identindade ou melhor, sobre a desconstrução dela.
Como era bom ser criança naquele tempo que não volta mais...
Stefano Ferreira. Madrugada de 03 de janeiro de 2011.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
COLORINDO A VIDA CINZA DA CIDADE DE CABEÇA SUJA
Sem alternativa, pegou a sobrinha de fundo azul, estampada com flores laranja e rosa, dependurada no armador ao lado da cama.
Não fez nenhuma relação das flores que sorriam vibrantes no tecido do objeto com o universo feminino, e por isso mesmo, saiu como habitualmente rumo ao cotidiano de sempre.
Ao passar pelas ruas, sentiu o olhar ridicularizador dos que estavam na lida, nos prédios em construção e nas bancas de revistas onde sorrisos de canto de boca e olhares afiados olhavam com espanto seu guarda chuva estampado.
Depois do segundo quarteirão, começou a achar bom o espanto que o acompanhava e começou a rir junto com seu jardim andante.
A cena ao contrário do que a maioria via era poética. Caminhando apressado, suas flores iam pelas calçadas, colorindo e suavizando o dia cinza que tentava impor preguiça e tristeza à cidade.
Stefano Ferreira. Madrugada de um 14 de dezembro frio.