terça-feira, 11 de agosto de 2009

POEMA À PEDRA LEME

Morro do leme pela maravilhosa lente de Adleuza Pacheco

Para Joca Oeiras e Lúcia Vanda


Logo ali onde nasce o sol
Uma pedra rainha
Rege a manhã

À noite
A majestade paralisada
Também serve de palco
Para que estrelas apresentem
Um sarau cadente à lua

O leme
Pedra inerte
Derrama sobre a cidade também inerte
a luz dos dias
Mesmo estando a cidade
De costas para ela

Coroada por macambiras
Não tem forma precisa
Definida
Aos pobres olhos conscientes

Às vezes acho que dorme
Um sono intenso
Às vezes sinto seu sorriso
Entre dentes.


Stefano Ferreira. agosto de 2009

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