
Levantou, quase não ascendeu um palito de fósforo molhado em mesa de bar e quando conseguiu, já com os olhos lacrimejantes de medo e ansiedade, se aproximou da janela em cor crua, sem tinta alguma, olhando pela fresta, como quem olha uma luneta a procura do universo.
Respirou fundo, como quem prepara os pulmões para encher balão e sorrindo bem alto, em gargalhadas, foi deslizando pela parede até o chão onde se deitou, gargalhando e se remoendo como alguém em ataque epilético.
Crianças soltavam fogos de São João fora de época.
Stefano Ferreira. Julho de 2009
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