Depois do baque com a queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão, depois de ouvir e ler diferentes pensamentos em relação a todo esse circo brasileiro e de pensar com meus botões, chegou a hora de falar.
Em primeiro lugar, devo dizer que o Supremo Tribunal Federal foi muito infeliz, quando dos argumentos usados pela maioria de seus ministros. Dói lembrar o Presidente da casa fazendo uma rasteira comparação entre o fazer jornalístico e o fazer culinário. Foi simplesmente patético. O jornalismo não é apenas um trabalho prático. É pautado em teorias e sistematizado através do estudo de grandes teóricos. Não se trata apenas de aprender a fazer uma passagem ou escrever uma nota de jornal. O curso é respaldado no estudo dos preceitos éticos da profissão e no entendimento das relações entre mídia e população.
Em segundo lugar, concordo quando se coloca que os cursos oferecidos pelas faculdades de comunicação precisam melhorar. Mas não vejo nesse fato a necessidade de se banalizar o diploma. Será que a melhor medida para melhorar os cursos de comunicação é a derrubando a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão?
Se antes já havia uma má conduta por conta de profissionais não formados que utilizavam-se dos veículos de maneira medíocre e sensacionalista, imagine agora, onde qualquer um que quiser, pode exercer a prática jornalística.
A medida além de imoral, faltou com respeito a cientistas comunicacionais, mestres, professores da área de comunicação que tiveram seu campo de estudo nivelado.
Mesmo assim, precisamos , todos nós jornalistas de formação, refletir sobre o futuro, ou sobre o presente, de nossa profissão. Acredito que viveremos uma crise na própria credibilidade do exercício, uma desvalorização da academia por parte de quem almeja hoje ser jornalista.
Mesmo pensando assim, quero crer que as empresas de comunicação continuarão contratando jornalistas formados, que as escolas de comunicação, ao invés de fecharem, se estruturem.
Quero muito apensar assim, mas ainda não consigo. Não consigo concordar com a queda da obrigatoriedade do diploma, fico revoltado com posicionamentos como o editorial da Revista Veja. Mesmo assim, tem horas que lembro que moro no Brasil e acabo lembrando também que devo me conformar para sofrer menos. Tem horas que penso que esse país não tem mais jeito. E fico a temer o amanhã...
Que pelo menos, o mercado brasileiro possa continuar exigindo profissionais de formação para que o retrocesso não seja maior do que já é.
Em primeiro lugar, devo dizer que o Supremo Tribunal Federal foi muito infeliz, quando dos argumentos usados pela maioria de seus ministros. Dói lembrar o Presidente da casa fazendo uma rasteira comparação entre o fazer jornalístico e o fazer culinário. Foi simplesmente patético. O jornalismo não é apenas um trabalho prático. É pautado em teorias e sistematizado através do estudo de grandes teóricos. Não se trata apenas de aprender a fazer uma passagem ou escrever uma nota de jornal. O curso é respaldado no estudo dos preceitos éticos da profissão e no entendimento das relações entre mídia e população.
Em segundo lugar, concordo quando se coloca que os cursos oferecidos pelas faculdades de comunicação precisam melhorar. Mas não vejo nesse fato a necessidade de se banalizar o diploma. Será que a melhor medida para melhorar os cursos de comunicação é a derrubando a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão?
Se antes já havia uma má conduta por conta de profissionais não formados que utilizavam-se dos veículos de maneira medíocre e sensacionalista, imagine agora, onde qualquer um que quiser, pode exercer a prática jornalística.
A medida além de imoral, faltou com respeito a cientistas comunicacionais, mestres, professores da área de comunicação que tiveram seu campo de estudo nivelado.
Mesmo assim, precisamos , todos nós jornalistas de formação, refletir sobre o futuro, ou sobre o presente, de nossa profissão. Acredito que viveremos uma crise na própria credibilidade do exercício, uma desvalorização da academia por parte de quem almeja hoje ser jornalista.
Mesmo pensando assim, quero crer que as empresas de comunicação continuarão contratando jornalistas formados, que as escolas de comunicação, ao invés de fecharem, se estruturem.
Quero muito apensar assim, mas ainda não consigo. Não consigo concordar com a queda da obrigatoriedade do diploma, fico revoltado com posicionamentos como o editorial da Revista Veja. Mesmo assim, tem horas que lembro que moro no Brasil e acabo lembrando também que devo me conformar para sofrer menos. Tem horas que penso que esse país não tem mais jeito. E fico a temer o amanhã...
Que pelo menos, o mercado brasileiro possa continuar exigindo profissionais de formação para que o retrocesso não seja maior do que já é.
Stefano Ferreira
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