Na madrugada de hoje, assisti ao programa “Sempre um Papo”, bate-papo literário exibido pela TV Câmara, que entrevistou o jornalista e biógrafo Fernando Moraes, falando sobre seu recém lançado “O Mago”, biografia autorizada de Paulo Coelho.
Durante a conversa, por sinal muito gostosa, por várias vezes o escritor se referiu a passagem do mago carioca por manicômios e por sessões de eletro choque durante a década de setenta.
Ao falar, sobre as terríveis experiências desse tipo de tratamento submetido a muitos jovens transgressores, naquela época, se referiu ao escritor Austregésilo Carrano Bueno, que escreveu o livro O Canto dos Malditos, obra que inspirou o fantástico filme Bicho de Sete Cabeças, na minha opinião, um dos melhores filmes nacionais da nova safra do nosso cinema.
Fiquei paralisado ao ouvir o fato, pois não sabia do falecimento do escritor. Carrano tinha 51 anos e morreu o Hospital das Clínicas, em São Paulo, de causas não-divulgadas. Em seu livro mais famoso, ele conta a história real ocorrida em sua adolescência, quando um pouco de maconha presente no bolso de sua jaqueta fez com que seus pais o internassem num hospital psiquiátrico, onde viveu uma série de situações dramáticas. No premiado Bicho de Sete Cabeças, ele é interpretado por Rodrigo Santoro em papel que lhe rendeu prestígio como ator.
Fiquei sabendo naquele momento da morte do escritor, e pensei comigo como pode a grande mídia esquecer ás vezes, ou quando não lhe é conveniente, de grandes personalidades.
Em homenagem póstuma ao escritor, a dica da semana do A Cor da Chita é o filme Bicho de Sete Cabeças.
Por que bons filmes, sempre nos legam novas leituras.
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