
Foto: Stefano Ferreira
Esse final de semana fui surpreendido por um telefonema que não conseguia entender muito bem. Depois de te tentar um francês, um inglês, a pessoa do outro lado da linha fez-se entender por um espanhol carregado de português.
Era alguém recomendado pelo amigo Marcelo Evelin, bailarino e diretor do teatro João Paulo II. Em vinte minutos cheguei á pousada do cônego e esperei ansioso pela “persona” que me ligara instante atrás.
O que estaria fazendo em Oeiras? Quem era? O que desejaria num sábado a noite?
Pouco tempo depois de ficar questionando, aparece em frente ao casarão centenário um casal de europeus, magros e simpáticos. Ali nos apresentamos, eu acompanhado de minha irmã Rossana Ferreira e do estudante de turismo e amigo Júnior Viana. Eram dois belgas, David Weber s Sarah, residentes em Amsterdã.
Logo os conduzi para a sala de estar do hotel, onde começamos uma conversa descontraída e cheia de gestos, pois apenas arranhavam o português. Talvez, isso tenha contribuído para que quebrássemos o gelo e nos conhecêssemos melhor.
Os simpáticos jovens atores de teatro, estão em Teresina para apresentações de um espetáculo e para desenvolver um trabalho com pessoas de comunidades na periferia da capital do Piauí, no campo das artes cênicas e da dança.
Na verdade, queriam buscar imagens que inspirasse o workshop que vão ministrar em Teresina, imagens sertanejas, sentir os sertões de dentro.São de uma formação teatral contemporânea, que agrega diversas ações artísticas, algo experimental.
No dia seguinte, nos encontramos em frente a Igreja de Nossa Senhora das Vitórias e fizemos visita á catedral, ao Museu de Arte Sacra e á Casa do Divino. Caminhamos pelos becos delgados do centro histórico e driblamos a dificuldade de conversação, trocando idéias e informações.
Pena que nessa época, o sertão é verde, expliquei para eles, pois entendi que gostariam de sentir a sensação sinestésica do sertão seco, com galhos sem folhas e tom cinza.
No final do encontro, um cafezinho no restaurante rústico do hotel, foi a ocasião favorável para que revelassem a que tinham vindo:
__Viemos sentir, guardar imagens, cenários. Viemos em busca do sertão como inspiração.
3 comentários:
Oeiras tá chique !!!!
Excelente materia e oportunidade unica !!!
Temos que aprender com os europeus . Eles valorizam conhecimento , cultura , arte , informação , falam varias linguas ao mesmo tempo . Muita diferença da cultura materialista que temos aqui no Brasil notadamente no Nordeste
Stefano,
Favor acessar o link:
http://www.solcultura.com.br/noticias.asp?id=3373&secao=Teatro%20_%20Dança
Que boa notícia.Não tive conhecimento da pesença dessas "personas".Certamente,uma visita ilustre e,imagino,super agradável.Bom saber que Oeiras ainda é uma janela aberta para o mundo.
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