sábado, 1 de dezembro de 2007

POEMA DA NOITE PÁLIDA

Foto: Stefano Ferreira




Cai a noite
Pálida e ansiosa
De carne
De espaço
Onde a luz dá lugar
Ao inesperado
De um som
Ou
De um silêncio
Regidos por nós

Na mais calma
E ao mesmo tempo
Velozmente

Alvoroçada
Envolvida na vontade
De se humanizar
Em um desejo apenas


E como sempre
Uma cadeira
Está sempre vazia
Para as suas inquietações

Para que a noite possa entrar
E
Sentar
Seduzindo-nos até que o sol
Possa chegar



Poema escrito na chegada da noite de um sábado lento e triste, numa "cadeira de macarrão" branca que me serve de confessionário diário.

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