Para Pedro Júnior, Cassandra Yara, Rossana Ferreira e Rogério Newton
Banha muitas almas de saudade
Ali na ponte solitária
Naquela margem
Nem marias-moles restou,
Para nos contar a história.
Logo ali
Onde o vento faz a curva
E gordas mulheres devoram vida alheia
Jaz um riacho
Foi uma luta desleal
O riacho lutou sozinho
Contra a fúria e frieza
Que o sacrificou sem piedade
Muitos nem lembravam
Que junto com aquelas águas
Além das espumas de suas roupas sujas
Estavam também seus pecados
Seus sonhos
Amores e desejos
Apoiaram a matança
Deram-lhe cicuta
E mataram o riacho publicamente
O pobre riacho
Caiu com suas águas eclipsadas
Refletindo a cor cinza
Cimento e morte
E com festa foi enterrado
Merecendo
Até epitáfio
Próximo
Ao mausoléu de concreto
Hoje ressuscita
Apenas na lembrança
Onde o vento faz a curva
E gordas mulheres devoram vida alheia
Jaz um riacho
Foi uma luta desleal
O riacho lutou sozinho
Contra a fúria e frieza
Que o sacrificou sem piedade
Muitos nem lembravam
Que junto com aquelas águas
Além das espumas de suas roupas sujas
Estavam também seus pecados
Seus sonhos
Amores e desejos
Apoiaram a matança
Deram-lhe cicuta
E mataram o riacho publicamente
O pobre riacho
Caiu com suas águas eclipsadas
Refletindo a cor cinza
Cimento e morte
E com festa foi enterrado
Merecendo
Até epitáfio
Próximo
Ao mausoléu de concreto
Hoje ressuscita
Apenas na lembrança
Banha muitas almas de saudade
Ali na ponte solitária
Naquela margem
Nem marias-moles restou,
Para nos contar a história.
Stefano ferreira
1 comentário:
Ah, ler esse texto em deu saudade e tristeza.
Só restou lembranças.
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